quinta-feira, 31 de julho de 2008

19 anos sem Luiz Gonzaga

A exposição sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga já está montada no Complexo Cultural "O Gonzagão".


Em relação ao ano passado, conta com mais textos e imagens e este ano também com as mãos criativas do artista plástico Rogério Valença que ajudou a melhorar o visual.


Na noite de sexta-feira (01.08.08), a partir das 19 horas, teremos o momento reflexivo com a exposição de slides em data-show e que serão apresentados pelo Professor José Augusto e as exposições sobre a utilização da obra de Luiz Gonzaga nas escolas, sobre a Quadrilha Luiz Gonzaga, que baseia o seu trabalho no legado do mestre e a apresentação do trabalho do selo revivendo, que resgata as gravações mais antigas de Luiz Gonzaga por meios de CDs. Os apresentadores dos temas serão: Professor Zezito de Oliveira, Professor José Augusto, Produtor Paulo Corrêa e o Diretor da Quadrilha Luiz Gonzaga Edson Alves.


Por problemas de agenda não contaremos com a presença do Jornalista Luiz Eduardo Oliva que irá apresentar em data a ser marcada posteriormente, o tema referente a memória da primeira missa realizada em homenagem a Luiz Gonzaga, há exatos 19 anos, e que foi realizada poucos dias após a morte do nosso querido e saudoso Gonzagão.


Já no sábado, 02/08/08, a partir das 20 horas, teremos sob a coordenação do inspirado e sensivel missionário popular Ulisse Willy, com formação em missão e teologia popular na Paraíba, um momento mistico para entrarmos em sintonia com todos aqueles que entendem que a obra de Luiz Gonzaga também foi/é um canal de conexão com o divino.


Logo após as quadrilhas Asa Branca e Luiz Gonzaga, teremos a apresentação do grupo de dança popular Asa Branca, da quadrilha improvisada com a participação da platéia e o Forró Correia dos 8 Baixos


Quem vai estar sorrindo e abençoado tudo isso será o nosso homenageado e VIVA LUIZ GONZAGA!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Festival Abrindo Espaços revela talentos

Fonte: http://www.seides.se.gov.br/





Emoção e diversão. Estes foram os sentimentos que contagiaram as pessoas que estavam no Espaço Cultural Gonzagão no último domingo, 27, para o 1º Festival Cultural Abrindo Espaços, programa desenvolvido pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), em parceria com a Unesco, que acontece todos os fins de semana nas escolas públicas estaduais. Mais de duas mil pessoas, entre estudantes, familiares e professores, lotaram o Gonzagão para assistir às apresentações dos alunos de 17 escolas, representando 14 municípios. Dança, música, teatro, folclore, artesanato e
artes plásticas encheram o espaço de beleza e talento, revelando artistas em potencial espalhados pelos oito territórios sergipanos.

O 1º Festival Cultural Abrindo Espaços foi dividido em duas etapas. Na parte da manhã, aconteceu a Mostra Cultural, com apresentações que demonstram o que vem sendo desenvolvido nas 27 escolas, em 16 municípios. Na parte da tarde, aconteceu o Festival de Talentos, uma competição artística com premiações. Além disso, vários estandes expunham os trabalhos desenvolvidos na área de artesanato e artes plásticas, como bijuterias, biscuit e quadros.

Mostra

A turma que compareceu estava empolgada e aplaudia a cada apresentação, o que enchia de emoção o peito de alunos e oficineiros, que acompanhava seus pupilos, como Carlos Augusto, instrutor de dança de rua no Colégio Marco Maciel, em Aracaju. "Eu me sinto realizado. Consigo conscientizar garotos e garotas com os valores da dança, a importância da cultura. Além disso, temos o respaldo dos pais, que se sentem mais seguros em ver seus filhos na escola, em vez de perambularem pelas ruas", disse o oficineiro.
A emoção também tomou conta de Márcio Costa da Silva. O estudante de 18 anos, da cidade de Canindé do São Francisco, faz parte da oficina de percussão que acontece na Escola Estadual Dom Juvêncio de Brito. "Foi uma emoção imensa. Antes eu vivia pela rua, não tinha o que fazer. Agora, aprendo algo proveitoso e sou aplaudido. Quero me apresentar mais vezes", disse Márcio.
Quem pareceu ter ficado mais emocionado foi o oficineiro desta turma, Sandro Hachimy. O experiente baterista, que já fez shows com várias bandas para milhares de pessoas, ficou
atônito com a empolgação da platéia, que vibrava e dançava a cada batida de seus percussionistas. "Sempre gostei de dar aula e trabalhar com crianças e adolescentes, por isso quis participar do projeto. Ver estes meninos, que começaram sem saber nada, contagiando a platéia na primeira apresentação, me deixou gratificado", disse Hachimy, acrescentando que também se sente feliz de ver a transformação dos garotos. "No começo, eles chegavam atrasados, faltavam. Agora, estão mais disciplinados e dedicados. E o resultado foi esse: ovacionados na primeira apresentação", concluiu.

Festival

Se o zelo com figurinos e cenários e a preocupação com a perfeição das apresentações foram a tônica da Mostra Cultural, tudo foi duplicado no Festival de Talentos. Roupas foram conferidas várias vezes, passos ensaiados à exaustão para vencer a competição. Apresentações de dança contemporânea, dança de rua, violão, balé, percussão, teatro, flauta e hip hop disputaram os primeiros lugares.
Ao fim, era difícil saber quem venceria, pois as apresentações foram bem executadas e contagiaram o público. Como a de Isaquiel Alves Lucas, 16 anos, do Colégio Lourival Batista, de Porto da Folha. Ele tocou três músicas em sua flauta, acompanhado pela platéia, fazendo um coral de duas mil vozes. A turma da percussão da cidade de Canindé do São Francisco mais uma vez fez o público dançar.
Na categoria artesão, a vencedora foi Grasiele Santos de Oliveira, da cidade de Divina Pastora. Valorizando a arte local e exclusivamente sergipana, Grasiele recebeu o prêmio de cem reais pelos seus trabalhos em renda irlandesa. O kit de pintura para o melhor artista plástico foi para Danila de Jesus Silva, de Tomar do Geru, pelos seus quadros.
O MP3 player, prêmio para o terceiro lugar do Festival, foi para Deivison dos Santos, 19 anos, do Colégio João de Melo Prado, Divina Pastora, que fez uma apresentação de hip hop. O quase homônimo, Deividson Santos, levou para Pirambu um aparelho de DVD pelo segundo lugar. Ele tem 19 anos e apresentou a dança de rua.
A dança de rua também fez o primeiro lugar do Festival. O microsystem com MP3 ficou em Aracaju, com Carlos Eduardo de Jesus Batista. O garoto de 19 anos que participa da oficina no Colégio Marco Maciel já tinha conquistado o público pela manhã, na apresentação com os colegas, mas deu seu show à parte durante o Festival de Talentos. "Eu danço desde o 5 anos, é o que eu gosto de fazer. Graças ao projeto, posso aprender mais e divulgar a dança de rua. Estou muito feliz", disse Carlos Eduardo, o vencedor.

O Programa

Com o objetivo de espalhar uma cultura de paz, o programa Abrindo Espaços movimenta as escolas durante os finais de semana, levando alunos, familiares e membros da comunidade para participar de diversas oficinas. "Através dele, disponibilizamos atividades que estimulam o conhecimento, através de atividades pedagógicas, esportivas e culturais, além de atividades que permitem a geração de renda para os familiares, como artesanato", explicou Valdiolanda Teófilo, coordenadora geral do Abrindo Espaços.

Enquanto a emoção permeava o público, a satisfação enchia o peito da equipe do Abrindo Espaços. "Estou muito orgulhosa de ver os trabalhos destes meninos. São talentos escondidos pelo Estado", disse Valdiolanda. "É muito bom poder conhecer tantas potencialidades espalhadas em Sergipe, à espera de uma oportunidade como esta", acrescentou Gênesis Rocha, coordenador cultural do Abrindo Espaços.

"A Unesco chancela programas como este em mais de dez Estados, mas todos são realizados apenas na capital. Sergipe é o único com experiência no interior do Estado. E, admito, estou extasiada, sem palavras para comentar tamanha beleza", disse Anailde Almeida, oficial de projetos da Unesco.

"Este é um desafio prazeroso, tanto como secretária, como professora. Como secretária, por poder mostrar que o Governo Marcelo Déda está incluindo pela renda, investindo na profissionalização dos jovens e geração de emprego e renda nas comunidades, e pelo direito, tendo crianças e idosos em nossos espaços, principalmente nas escolas, desenvolvendo atividades de cultura, permitindo a emancipação e a autonomia do cidadão. Como professora, porque democratizamos ainda mais as escolas, trazendo pais, avós, vizinhos dessas crianças", disse a secretária de Inclusão Social, Ana Lucia Menezes.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

II SEMANA LUIZ GONZAGA – VALORIZAÇÃO DA MEMÓRIA DE LUIZ GONZAGA.

30 de julho a 02 de Agosto – Aniversário de morte de Luiz Gonzaga.
A semana foi realizada pela primeira vez em 2007, contou com a presença de um público estimado em 500 pessoas no dia de maior movimentação e com uma boa cobertura da imprensa, a iniciativa foi também bastante elogiada por aqueles que prestigiaram a programação.
Objetivo Geral
Contribuir para o fortalecimento da identidade regional da população sergipana, servindo-se da história de vida e da obra de Luiz Gonzaga como referência estética e afetiva.

Objetivo Especifico
Celebrar com rodas de conversa, forró pé de serra, quadrilhas junina e orações a memória do patrono do espaço.

PROGRAMAÇÃO
Exposição: Vida e Obra de Luiz Gonzaga
30 e 31 de julho (Quarta-Feira) – Exposição de textos e imagens sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga. (acervo do Prof. José Augusto) – 14 às 19h
01 de Agosto (Sexta-Feira)
19h – Apresentações de slides sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga.(50') – Prof. José Augusto
20h – Painel:
Memória da primeira missa em homenagem a Luiz Gonzaga. (15')
A utilização da obra de Luiz Gonzaga como conteúdo de aprendizagem escolar. (15')
O acesso do público ao cancioneiro de Luiz Gonzaga através do selo Revivendo. (15')
Debate 45'
22h – Encerramento

02 de Agosto (Sábado)
2Oh – Orações, Canticos Populares e Louvação pela presença de Luiz Gonzaga em nosso meio. (Sob a coordenação do missionário popular e cientista social Ulisses Willy, especializado em teologia e missão popular pelo Instituto de Formação Missionária de Serra Redonda/PB).
21h – Companhia de Artes Cênicas “O MinimO” - Espetáculo Sim Salabim Especial (com trilha sonora de forró pé serra)
21h20 – Trio Correia dos 8 Baixos – Repertório em homenagem a Luiz Gonzaga.
22h – Quadrilha Luiz Gonzaga
22h30 – Quadrilhão (Quadrilha improvisada com a participação do público).
23h – Grupo de Dança Popular Asa Branca
23h30 - Quadrilha Asa Branca

PROGRAMAÇÃO - 1º FESTIVAL CULTURAL ABRINDO ESPAÇOS

DIA 27 DE JULHO - DAS 8 ÀS 17 HORAS

O festival cultural abrindo espaços é uma mostra dos trabalhos de iniciação artistica, produzidos em escolas da rede pública estadual, sob a orientação de profissionais da área. A promoção é da Secretaria de Estado da Inclusão e do Desenvolvimento Social e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura/Complexo Cultural "O Gonzagão".

8:00
Abertura – “fala de convidados”


8:30
STREET DANCE
C. E. MINISTRO MARCO MACIEL
ARACAJU
8:40
DANÇA – “SERTANEJA”
E. E. CLODOALDO ALENCAR
ARACAJU
8:50
“MUSICA”
E. E. PAULINO NASCIMENTO
ARACAJU
9:00
DANÇA
E. E. COELHO NETO
ARACAJU
9:10
DANÇA
E. E. JUDITE OLIVEIRA
ARACAJU
9:20
PERCUSSÃO
E. E. WALTER FRANCO
ESTÂNCIA
9:30
DANÇA
E. E. JOSÉ DO AMARAL LEMOS
PIRAMBU
9:40
DANÇA AFRO
E. E. JOSÉ FRANCISCO LEITE
RIACHUELO
9:50
PERCUSSÃO
E. E. DOM JUVÊNCIO DE BRITO
CANIDÉ S. FRANCISCO
10:00
DANÇA
E. E. DOM JUVÊNCIO DE BRITO
CANINDÉ S. FRANCISCO
10:10
DANÇAS JUNINAS
E. E. MARIA DAS GRAÇAS M. MOURA
ITABI
10:20
DANÇA AFRO – MACULELÊ
E. E. DR. JOÃO DE MELO PRADO
DIVINA PASTORA
10:30
BALLET
E. E. JOSÉ FRANCISCO LEITE
RIACHUELO
10:40
TEATRO
E. E. MANOEL DANTAS
CEDRO DE SÃO JOÃO
10:50
HIP HOP / PERCUSSÃO
E. E. JOSÉ DO AMARAL LEMOS
PIRAMBU
11:00
DANÇA
E. E. ARABELA RIBEIRO
ESTÂNCIA
11:10
PERCUSSÃO
E. E. ARABELA RIBEIRO
ESTÂNCIA
11:20
DANÇA
E. E. WALTER FRANCO
ESTÂNCIA
11:30
HIP HOP
E. E. JOSÉ DE MATOS TELES
JAPARATUBA
11:40
QUADRILHA “CULTURA NORDESTINA”
E. E. DOM JOSÉ VICENTE TÁVORA
TOMAR DO GERU
11:50
“ “
“ “
“ “
12:00
“ALMOÇO DAS EQUIPES”
ABRINDO ESPAÇOS

13:00
“Apresentação DO FESTIVAL DE TALENTOS”


14:00
DANÇA (SOLO)
E. E. WALTER FRANCO
ESTÂNCIA
14:10
STREET DANCE (SOLO)
E. E. JUDITE OLIVEIRA
ARACAJU
14:20
VIOLÃO (SOLO)
E. E. JOSÉ BALBINO
TOMAR DO GERU
14:30
DANÇA (SOLO)
E. E. POETA JOSÉ SAMPAIO
CARMÓPOLIS
14:40
STREET DANCE (SOLO)
E. E. JOSÉ DO AMARAL LEMOS
PIRAMBU
14:50
BALLET (SOLO)
E. E. RUI ELOY
ARACAJU
15:00
PERCUSSÃO (SOLO)
E. E. DOM JUVÊNCIO DE BRITO
CANINDÉ S. FRANCISCO
15:10
TEATRO (SOLO)
E. E. ALENCAR CARDOSO
ARACAJU
15:20
DANÇA (SOLO)
E. E. JOSÉ CONRADO DE ARAÚJO
SALGADO
15:30
VIOLÃO ( SOLO)
E. E. CARMEM DO PRADO DIAS
SIMÃO DIAS
15:40
DANÇA (SOLO)
E. E. COELHO NETO
ARACAJU
15:50
VIOLÃO (SOLO)
E. E. MANOEL DANTAS
CEDRO DE SÃO JOÃO
16:00
BALLET (SOLO)
E. E. JOSÉ FRANCISCO LEITE
RIACHUELO
16:10
DANÇA – FORRÓ (CASAL)
E. E. MARIA DO CARMO ALVES
ARACAJU
16:20
STREET DANCE (SOLO)
COLÉGIO E. MIS. MARCO MARCIEL
ARACAJU
16:30
FLAUTA (SOLO)
E. E. LOURIVAL BATISTA
PORTO DA FOLHA
16:40
HIP HOP (SOLO)
E. E. DR. JOÃO DE MELO
DIVINA PASTORA
16:50
DANÇA (SOLO)
E. E. ARABELA RIBEIRO
ESTÂNCIA
17:00
“premiação / encerramento “

domingo, 20 de julho de 2008

FESTEJOS JUNINOS - GONZAGÃO 2008














FESTEJOS JUNINOS - GONZAGÃO 2008

Grampos da PF expõem desvios do setor filantrópico

Fonte: blog do Josias
Conselho nacional de filantropia vira balcão de negócios
Advogados de pseudofilantrópicas ‘aliciam’ conselheiros
Estima-se que o Tesouro foi tungado em mais de R$ 2 bi

O processo corre na 12ª Vara Federal de Brasília. Apura fraudes praticadas sob o manto da filantropia.

Os malfeitos ocorreram num órgão que funciona no ministério do Desenvolvimento Social.

Chama-se CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social). Tem poderes para dar isenção tributária a organizações filantrópicas.

Descobriu-se que representantes de entidades de aparência insuspeita –de obras sociais a igrejas—se uniram a advogados, para ludibriar o INSS e a Receita.

O caso veio à tona em 13 de março. Numa operação batizada de “Fariseu”, a Polícia Federal levou ao cárcere seis pessoas.

Dias depois, estavam soltos. E, decorridos exatos quatro meses, o episódio sumiu do noticiário, suplantado por outros escândalos.

O processo segue, porém, o seu curso. Corre em segredo de justiça. A peça central dos autos é um relatório sigiloso da Polícia Federal. Tem 175 folhas.

O blog obteve uma cópia do documento. Contém diálogos inéditos. Foram captados por meio de grampos telefônicos feitos desde 2005.

As conversas levadas ao relatório expõem o lado obscuro da filantropia no Brasil, convertida em pilantragem.

O texto da PF anota: “A gama de benefícios de ordem tributária e de contribuições sociais auferidos por entidades que desenvolvem ações de filantropia tem sido objeto de desejo por parte de pessoas inescrupulosas...”

...Indivíduos “que, sob o albergue da impunidade, oferecem a extensão do manto estatal da isenção contributiva a toda e qualquer pessoa jurídica que esteja disposta a arcar com o ônus de seus honorários...”

“...Ainda que para isso [...] tenha-se que praticar toda sorte de delitos: formação de quadrilha, malversação de verbas públicas, corrupção ativa e passiva...”

Mais: “...fraude à licitação, alteração de balancetes, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência...”.

São signatários do documento três delegados federais: Tatiane da Costa Almeida, Flávio Maltez Coca e Adnilson Lima Maia. Resumiram os achados da investigação.

Para tonificar suas conclusões, os delegados salpicaram o texto com extratos das conversas bisbilhotadas por meio dos grampos telefônicos.

A leitura dos diálogos (detalhes abaixo) conduz a uma dedução inescapável: o Conselho Nacional de Assistência Social tornou-se um balcão de negócios.

O CNAS é o tal órgão vinculado à pasta do Desenvolvimento Social. Sua principal atribuição é a emissão de um documento chamado CEBAS.

Vem a ser o “Certificado de Beneficência e Assistência Social”. Um pedaço de papel entregue a entidades privadas que, supostamente, se dedicam à filantropia.

O CEBAS não é um documento banal. Oferece aos seus detentores um benefício singular: a isenção tributária.

A PF reuniu um lote de evidência de que, mediante o pagamento de propinas e a distribuição de presentes, falsas filantrópicas vêm fraudando o erário.

Conforme o relato que a PF levou ao processo judicial, a malfeitoria funciona assim:

“...A ação é realizada por meio de retirada dos processos de pauta e pedidos de diligências, ambas atendendo a solicitações de advogados representantes das entidades requerentes...”

“...Assim, com o objetivo de ‘driblar’ as exigências do CNAS (exigências legais), que poderiam levar ao indeferimento da concessão do certificado [de filantropia], ou mesmo impedir a reversão de pedido já indeferido, é que conselheiros e advogados mantém um estreito relacionamento...”

Um relacionamento do qual resultam “...benefícios para ambos e para as entidades envolvidas. Obviamente, tais ‘benefícios’ geram grande prejuízo ao Fisco...”

Danos sentidos “...notadamente nos cofres da Previdência, vez que o certificado fornecido pelo CNAS isenta as entidades do pagamento da contribuição patronal incidente sobre a folha de pagamento dos funcionários.”

Estima-se que, desde 2004, a “quadrilha” –assim chamada pela PF— impôs às arcas do Tesouro prejuízo superior a R$ 2 bilhões.

O CNAS tem 18 conselheiros. Nove representam o governo. A outra metade chega ao conselho por indicação de entidades ditas benemerentes.

Veja nos cinco textos abaixo (um, dois, três, quatro e cinco) uma amostragem dos indícios de malfeitos captados pelos grampos que a PF realizou com autorização da Justiça.


Escrito por Josias de Souza às 02h21

sábado, 19 de julho de 2008

CULTURA EM MOVIMENTO (SP E MT)

O Brasil precisa de um modelo para o desenvolvimento cultural
Cultura e Mercado - Vitor Ortiz

A discussão sobre o passado, o presente e o futuro da Lei Rouanet está na rua. Veio à tona depois de longo período de letargia total, quando as críticas ou a ausência de críticas adormeciam no mais fundo oceano. Vez em quando alguém acordava aí - é verdade - botando a cabeça pra fora, mas infelizmente para falar só, deserto no imenso vazio da superfície do mar. Sem conseqüências, sem eco, essas vozes se evaporavam para chover em lugar nenhum.

Agora, não. Agora a coisa pegou fogo e ardem nas chamas do debate as teses e análises mais antagônicas, oscilando sem trégua entre o céu e o calor do inferno, entre anjos e demônios, esquentando os tijolos, assando o assado, cozinhando o novo prato a ir à mesa… Se não faltar gás no fogão do Ministério da Cultura.

Por trás, a velha discussão sobre o modelo de desenvolvimento. Afinal de contas, onde andava mesmo essa discussão?

Vamos ao remember.

Qual era o debate no início dos anos 90? Tempos de domínio neoliberal no Brasil e na América Latina? Tempos de fim da história? Tempos de Estado Mínimo? O debate era qual o modelo de desenvolvimento que poderia tirar o país da crise inflacionária, do atoleiro da dívida externa, da submissão ao mercado financeiro internacional, da subserviência à cartilha do FMI, dos interesses privatistas. Não era essa a discussão?

E quem se opunha ao modelo neoliberal?

Ora, quem se opunha era a esquerda brasileira que tinha na vanguarda o PT de Lula, então candidato derrotado por Collor, PT esse que surgia para o Brasil como a grande esperança de redenção das massas populares, dos trabalhadores, dos pobres, dos fracos, oprimidos e excluídos.

Esse foi o período em que o PT passou a governar várias das principais capitais e muitas cidades importantes em todo o país. E nestas cidades estava em curso o incremento da participação do Estado – dos governos locais – no processo de desenvolvimento cultural.

Afinal de contas, os anos 80, a revolução nas comunicações, o incremento do tempo livre da era contemporânea e até mesmo a globalização deram ao setor cultural, no mundo inteiro, um novo e alentador espaço de crescimento e efervescência. Fato que repercutia no âmbito local com o crescimento da demanda por maior presença, participação e investimento do setor público.

É isso. Passou a existir maior cobrança geral pelo incremento de políticas públicas de cultura, embora esse conceito, à época, ainda não estivesse tão elaborado quanto parece estar hoje. Desejo social este que se traduziu na criação de secretarias de cultura, fundos de cultura, programas de descentralização da cultura e especialmente instrumentos de participação em várias das nossas cidades, particularmente naquelas governadas pelo PT, onde essa presença do Estado era convergente com os ideais de fortalecimento do mesmo, em oposição às pretensões neoconservadoras do liberalismo.

São testemunhas deste momento cidades como Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Belém do Pará, São Paulo entre várias outras do interior e nas regiões metropolitanas, especialmente no ABC paulista, onde o “jeito petista de governar” gerou novos instrumentos de gestão e participação do Estado no investimento cultural.

Esse é o mesmo período em que a Lei Federal de Incentivo oscilou entre a Lei Sarney, a crise do Governo Collor, o surgimento da solução Rouanet e a ascensão de FHC à Presidência e de Wefort ao Ministério da Cultura. Só que, desse lado do balcão, estavam então, os “neoliberais” com seu modelo importado de desenvolvimento, supostamente mais moderno, menos dogmático, com menor ou nenhum preconceito com o mercado, sem nenhuma ilusão de incremento dos investimentos diretos, ou seja, dos recursos orçamentários formais.

De um lado estavam os que desejavam que o Estado assumisse de vez sua importância e presença indispensável no processo de desenvolvimento cultural do país com mais orçamento e investimento diretos em cultural, com controle e participação pública, e, de outro, os que desejavam um modelo mais liberal, de associação entre os interesses de Estado e os interesses do mercado, de menor “intervencionismo estatal”.

Vinte anos já se passaram, FHC ficou oito anos até 2003, o PT chegou ao Governo Federal e já está lá há 5,5 anos, e, por incrível que pareca, seguimos girando em torno do velho debate sobre o modelo de desenvolvimento.

Não sou contra o velho e nem contra o debate. Aliás, acho que é esse mesmo o debate. O que acho espantoso é a ausência de propostas. Há 20 anos atrás elas foram mais claramente postas à mesa.

Talvez a ansiedade seja produto do período tenso que geralmente precede às grandes mudanças, às rupturas, a superação de paradigmas.

E a pergunta, afinal, é: e qual o modelo que seguimos até aqui? Fizemos certo ou errado? Foi bom ou ruim? E que modelo deveríamos ter seguido?


http://www.culturaemercado.com.br/post/o-brasil-precisa-de-um-modelo-para-o-desenvolvimento-cultural/


Economia da cultura
Diário de Cuiabá - CLÁUDIO OLIVEIRA

Cada vez mais pessoas reforçam o coro da economia da cultura. Será que é tão difícil assim perceber a importância econômica de um setor ecologicamente correto, que emprega milhares de pessoas, distribui renda e que gera segundo o IBGE pelo menos 4% do PIB do Brasil?

Ontem, quinta-feira, o Sebrae entrou de vez neste processo e com o Seminário Cultura, Empreendedorismo e Negócios contribuiu mais uma vez para aprimorar este debate necessário para o mercado e para os produtores culturais de maneira geral.

O primeiro a falar foi Ricardo Neves. Articulista da revista Época e consultor de empresas, ele falou sobre a revolução da economia, esta nova ordem que exige knowledge workers ou operários do conhecimento. Segundo Neves, “Trabalho não é mais igual a emprego e sim igual a projetos”. No seu livro ele disse que tem um capítulo sobre emprego no qual fala que emprego “é uma coisa que você vai perder, seu filho não vai encontrar e o seu neto vai rir muito disso”.

Também falaram o coordenador nacional do Sebrae, que apontou a triste realidade do consumo cultural no Brasil salientando que 85% dos gastos com cultura correspondem a gastos domiciliares (TV, vídeo, música e leitura). Isto acontece porque os espaços culturais, como cinema, não estão presentes em 90% municípios.

Por outro lado, o Sebrae está publicando um livro intitulado “Termo de Referência para Atuação do Sistema Sebrae na Cultura”. Conforme Décio Coutinho, o livro é um conjunto de normas e um verdadeiro guia para a atuação do Sebrae que pode servir de balizamento às propostas e projetos apresentados em busca de parceria.

Décio anunciou ainda que o Basa terá uma linha de crédito especial lançada a partir de agosto de 2008 para contemplar exclusivamente a cultura em MT. Ou seja, mais um apoiador de peso para a área.

É claro que o valor econômico é importante, mas não apenas, pois um gráfico multidisciplinar que avalia o índice de felicidade dos americanos desde o início do século passado continua o mesmo, a despeito da brutal elevação de renda dos americanos. Este valor cultural simbólico também é responsável pelo lazer, pela auto-estima e pela transformação do ser humano e, no quesito da felicidade, os trabalhadores da cultura com toda a dificuldade do Brasil ainda são sem dúvida os mais felizes. Tanto os textos das palestras como o Termo do Sebrae podem ser baixados em download no site do próprio Sebrae.

http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=321957


OFICINA EM ARACAJU – 22.07.2008

HORÁRIO: 09:00h

LOCAL: Auditório da Superintendência

Rua Itabaianinha, 44 – Centro

3º andar

Contato: 2107-5625 (Tatiana/ Luciana/ Fernanda)

Prêmio Culturas Populares

Abertas as inscrições para a edição 2008
A partir desta quinta-feira, 17 de julho, estão abertas as inscrições para o Prêmio Culturas Populares - Mestre Humberto de Maracanã, promovido pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC). Os interessados têm até o dia 30 de agosto para enviarem suas propostas.

O concurso, que integra o Programa Identidade e Diversidade Cultural - Brasil Plural, resulta da busca pela implementação de políticas públicas para a proteção e promoção da diversidade cultural no Brasil. É fruto das discussões entre segmentos da sociedade civil, instituições vinculadas ao MinC e os próprios protagonistas das culturas populares.

O objetivo da premiação é identificar, fortalecer e divulgar as manifestações das culturas populares brasileiras, além de valorizar os produtores dessa arte. Sendo assim, serão premiadas as iniciativas que se destacaram pelo trabalho e ações na área dos saberes das tradições das culturas populares e que tenham, dentre outros ítens, favorecido as condições de reprodução, continuidade e florescimento dessas manifestações brasileiras.

A seleção das propostas será feita por uma comissão de avaliação nomeada pelo secretário da SID/MinC, Sérgio Mamberti. Para cada um dos 190 candidatos escolhidos, será destinado o valor de R$ 10 mil, totalizando um investimento de quase R$ 2 milhões em projetos culturais, que serão distribuídos entre as seguintes categorias: Mestres, Grupos Formais e Grupos Tradicionais.

Homenagem - Em 2008, o grande homenageado do Prêmio Culturas Populares é o cantor e compositor Humberto de Maracanã. Nascido na capital do estado do Maranhão, em 2 de novembro de 1939, mestre Humberto é um dos maiores divulgadores da cultura popular maranhense, em especial, do Bumba-meu-boi - dança folclórica que combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta de um boi.

Confira o Edital.
(Tatyana Vendramini, Comunicação Social/MinC)

OFICINA DE DANÇAS CIRCULARES




















Danças dos Povos - no ritmo da vida!
Amigos (as), ao tempo em que tecemos uma homenagem comemorando o centenário de nascimento de Bernhard Wosien, o iniciador do Movimento mais conhecido como Danças Circulares Sagradas, nós, da Ong Ação Cultural(http://acaoculturalse.blogspot.com )promoveremos mais uma Oficina este ano!
Contamos com a sua presença!
O QUE É? Vivência de um conjunto de danças em círculo de vários povos e tradições, como facilitadoras no processo de encerramento e abertura de ciclos vitais.

As DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS trazem uma nova perspectiva para os participantes destes círculos, auxiliando assim nas transformações que se fizeram necessárias para cada um encontrar o seu BEM ESTAR, melhorando a qualidade de suas vidas através da ALEGRIA, da LEVEZA e da MEDITAÇÃO."

Focalizador : Álvaro Pantoja Leite

Licenciado em Filosofia, doutorando em Ciências da Educação, educador, formador, focalizador, desde 2000, de rodas, encontros e cursos de Danças Circulares em diversas cidades brasileiras (Recife, João Pessoa, Aracaju, Maceió, Teresina, Fortaleza e Sobral).


QUANDO? – Dias 27 e 28 de SETEMBRO de 2008, das 09h às 17h

ONDE? – No GEAP, Rua José de Faro Rollemberg, nº199, bairro Salgado Filho (Entre o Colégio São Luiz e a Babylândia)
QUANTO? – O valor da inscrição é de R$ 70,00

ATENÇÃO: 1- Antecipe o pagamento de sua inscrição e ganhe descontos! O valor da inscrição será: em JUL = R$ 50,00 (ou até o dia 08/08/08); em AGO = R$ 60,00.
OBS.: Devido às despesas próprias do evento, o valor da inscrição não incluirá almoço.
2- Para aqueles que desejarem, há a opção de se parcelar o valor da inscrição: R$ 30,00 (em agosto) + R$ 30,00 (em setembro). Neste caso, favor entrar previamente em contato com Maxivel, através do número abaixo.

3- Convide mais 2(duas) pessoas e ganhe um CD com músicas do Encontro!
OBS.: Para validar esse bônus, é necessário que a inscrição dos três participantes(aquele que convidou + os dois convidados) seja realizada em conjunto, bem como o envio dos dados de depósito, para efeito de identificação!

Para participar, siga as instruções abaixo:
1- Efetue o pagamento de sua inscrição ( Ag. BANESE 011/00 Conta Corrente: 01/017669-8 – Maxivel F. da Paixão);
2- Preencha a ficha abaixo com todos os dados solicitados (incluindo a data e o número do depósito);
3- Envie-a para o seguinte e-mail: maxidesigner@hotmail.com

Data do Depósito: ......................
Número de documento/depósito: ..............................

Nome.:.............................................................................................................

End.:............................................................Bairro.:........................................

Cidade.:.........................................CEP.:........................................................

Tel.:................................ E-mail.:....................................................................

Instituição/Organização/Entidade:...................................................................


OBS.: Pedimos que sua confirmação de inscrição e depósito seja efetuada o quanto antes para que possamos nos organizar com antecedência para o Encontro!!! É IMPORTANTE ,portanto, esse retorno por e-mail! Agradecemos desde já a compreensão, a colaboração e a participação de todos!
DICA: Você pode utilizar também, como serviço bancário, um dos vários Pontos-Banese encontrados facilmente nos diversos pontos comerciais em Sergipe, para realizar o pagamento da inscrição!

MAIS INFORMAÇÕES:
Maxivel – (79) 8815-1116 / (79)3241-7925
Zezito – (79) 9993-4483 / (79) 3248-6070

Agradecemos o repasse desse e-mail para outras pessoas interessadas!

"O seu corpo é a base e a metáfora da sua vida, a expressão da sua existência. É a sua Bíblia, sua enciclopédia, sua história de vida. Tudo o que acontece com você é armazenado e refletido no seu corpo. No casamento da carne e do espírito, o divórcio é impossível."-- Gabrielle Roth

"Bem-aventurados os Pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra." Jesus de Nazaré

APRENDENDO A SER UM EDUCADOR, PRODUTOR E GESTOR CULTURAL.

Em meados da década de 80 e início da década de 90, eu era um garoto que, como muitos daquele tempo, participavam de organizações, ajudando inclusive a fundá-las, buscando através disso contribuir para “mudar o mundo”. Naquele momento, a mentalidade individualista e consumista que permeava as relações sociais e o sentimento de impotência frente ao poderio econômico, midiático e militar ainda não dominavam o cenário cultural e político na forma como acontece no momento atual.

Já naquela época, as ações culturais eram percebidas por alguns como uma força poderosa de combate à alienação, à passividade e ao conformismo — comportamentos estimulados pelo sistema político-ideológico ligado às classes dominantes.

Em função disso, buscamos priorizar, junto à primeira organização que ajudamos a fundar, no ano de 1983 (a Associação dos Moradores e Amigos do Bairro América — AMABA), o trabalho de reunir jovens em torno de atividades como o teatro e, posteriormente, da capoeira, do artesanato, da música, da dança, da projeção de filmes etc..

Nessa mesma década, no ano de 1988, participamos da fundação do Centro Sergipano de Educação Popular (CESEP). A motivação para isso se deu a partir de algumas viagens que fizemos para participar de alguns seminários de líderes comunitários emergentes, realizados em cidades como São Paulo, Vitória, Belo Horizonte e organizados por um grupo de pessoas ligadas à igreja progressista e ao nascente Partido dos Trabalhadores. Nesses encontros, uma questão era bastante recorrente: a necessidade de se investir na formação político-pedagógica da moçada.

Com algum tempo depois, no ano de 1990, através do CESEP, obtivemos o apoio de duas agências de cooperação internacional, a Coordenadoria Ecumênica de Serviço(CESE) e a Visão Mundial, para o financiamento sistemático das ações culturais promovidas pela AMABA.

Até então, as ações culturais eram realizadas com bastante dificuldade por conta da ausência de locais específicos, falta de profissionais habilitados, de materiais e de recursos financeiros para investirmos em formação etc...

Com o apoio financeiro (e, no caso da Visão Mundial, também com o acompanhamento técnico na área de gestão), obtivemos um crescimento espetacular, no que diz respeito à iniciativa do trabalho com arte e cultura, junto a crianças e jovens de um bairro da periferia de Aracaju, no bairro América, que, devido ao alto índice de pobreza e criminalidade, era referência na imprensa sergipana como espaço de descaso do poder público. Mas, a partir da atuação da AMABA/Projeto Reculturarte, configurou-se uma nova realidade para aquele bairro, começando a se tornar referência de organização, criatividade e integralidade.

Esta experiência, denominada Projeto Reculturarte(1), consistiu na organização de oficinas culturais permanentes de teatro, dança, capoeira, música, reforço escolar e futebol, e também de momentos especiais de formação, envolvendo dezenas de adolescentes e jovens educadores em “retiros”, em dias de feriados prolongados em escolas, sítios de amigos e/ou espaços comunitários ligados à Igreja católica para encontros de formação e a promoção de um festival cultural anual apresentando o trabalho final obtido nas oficinas.

Das lições que aprendemos com este trabalho, que se estendeu por mais de uma década, tendo o Reculturarte permanecido durante oito anos, muitas foram incorporadas às experiências que realizamos no projeto Ecarte(2), no período de 2001 à 2006, no Conjunto Jardim e, atualmente, no Gonzagão.

Dentre as mais importantes lições aprendidas, a constatação de que se faz necessário fortalecer a organização da sociedade civil visando atingir os objetivos mais nobres, em termos de atendimento às necessidades individuais e coletivas dos cidadãos. E, ao mesmo tempo, da parte governamental deve-se incorporar algumas idéias e ações bem sucedidas que foram ou que estão sendo geridas no seio das organizações civis.

Em termos de idéias e ações aprendidas por muitos que tomaram/tomam parte em diversas iniciativas culturais comunitárias aqui em Sergipe e por este país afora, podemos elencar as seguintes:

• O planejamento é um instrumento imprescindível de gestão;
• As lideranças comunitárias devem ser sempre ouvidas, especialmente no que tange às questões referentes aos princípios e diretrizes que norteiam a realização das ações no espaço público;
• As parcerias visando a somar recursos humanos, materiais e financeiros para multiplicar as ações devem ser incessantemente buscadas, procurando evidentemente evitar aquelas que tragam a perda da identidade e da credibilidade das atuações e dos atores sociais.
• A formação político- pedagógica e técnica deve ser prioridade, inclusive incorporando novos atores sociais, em especial jovens e mulheres.
• A necessidade de preservar as tradições não pode bloquear a incorporação do novo e do diferente.
Para alcançar o entendimento acima e praticar rotinas de trabalhos coerentes com as lições aprendidas, desencadeamos as seguintes atitudes:

1) Como já citado, participamos da organização do Centro Sergipano de Educação Popular, no ano de 1988, em aliança com outros movimentos sociais, professores e estudantes do departamento de Serviço Social da UFS. O Cesep foi criado para possibilitar o apoio técnico/pedagógico para fortalecer a gestão e a articulação política e institucional das entidades ligadas ao movimento popular e teve papel importante na elaboração do texto do projeto Reculturarte enviado à Cese e à Visão Mundial.

2) As reuniões (esporádicas) com a comunidade e (constantes) com aquelas lideranças, especialmente com as juvenis, interessadas no desenvolvimento do Projeto Reculturarte, foram um exercício de participação democrática exemplar.

3) O investimento em formação, em especial para a área de metodologia do trabalho social e educativo com linguagens artísticas, levaram os integrantes da equipe de educadores e assessores, como era o meu caso, a se deslocarem, em diversos momentos, para São Paulo, João Pessoa e principalmente Recife.

Como é desta maneira que muitas organizações e órgãos públicos estão obtendo bons resultados em termos de ocupar, de forma positiva, o tempo livre de crianças e jovens, através das ações culturais, acreditamos que o mesmo pode ser aplicado a outras realidades. E é isso que estamos tentando fazer no Complexo Cultural Gonzagão, onde já podemos apresentar alguns avanços significativos, a partir desse modo de trabalhar, e com conquistas reais que apontam também para a necessidade de superarmos alguns desafios ou gargalos que nos impedem de alcançarmos novos patamares de sucesso.

José de Oliveira Santos "Zezito"

(1)No ano de 1993, um grupo de vinte crianças e cinco educadores, reunidos na cidade de Propriá, avaliava a situação do projeto reculturarte e chegaram as seguintes conclusões: As coisas boas eram: alegria, brincadeira, lazer, arte, amor (que muitas vezes não encontramos na família), paz, refugio para os problemas, momento novo agora e sempre, uma forma diferente de ensinar e aprender, desejo de transformar a sociedade, Jesus presente naquilo que gostamos. As coisas ruins eram: injustiças, falsidades, engano, confusão, poucos fazem e muitos criticam, medo do projeto acabar ou dos meninos não poderem levar a frente.
(2) - No projeto Ecarte também foram realizados momentos de avaliação em rodas, envolvendo aprendizes e educadores. No final do ano de 2003 o tema foi “melhores momentos do ano” e as opiniões de alguns componentes e educadores da oficina de dança, foram as seguintes:
O melhor de 2003
O ano de 2003 foi um dos melhores de minha vida por estar participando do ECArte. O que me marcou muito foram as apresentações no Teatro Tobias Barreto, na Sociedade Semear e no Recanto Franciscano (Mosqueiro). A 1ª apresentação do grupo no Teatro Atheneu (dezembro de 2002) porque foi num lugar muito especial. A melhor apresentação foi na Casa Operaria em Laranjeiras porque foi um lugar mais longe e por ter pessoas importantes. Gostou muito da apresentação na Casa Operaria em Laranjeiras porque viu expressão. O grupo foi bem disciplinado durante o período. Os pontos negativos foi a saída de alguns membros da oficina que faziam parte de outros grupos. A dispersão no final do ano.O grupo está de parabéns pela resistência.

O que espera de 2004
Eu espero que 2004 seja muito importante com muitas apresentações do grupo. Espero que esse ano venha com mais fama, mais entusiasmo de cada um de nos e que todos vá em frente e nunca desista da dança. Mais condições financeiras. Mais desempenho do grupo. Mais responsabilidade. Que os alunos não faltem e que tenham mais responsabilidade. Que tenha mais patrocínio. Espero que cresça cada dia mais. Compromisso. Crescimento. Realizações.
Em avaliação realizada em 2004 no encerramento da 1º fase do projeto Oficinas ECArte, as opiniões registradas mostraram a ênfase que alguns deram a necessidade de aprender sobre a dança, em especial sobre um modo diferente de dançar, enquanto outros manifestaram interesse em aprender sobre o ECA. Em termos de aprendizado sobre dança: Aprenderam técnicas, a dançar com postura, aprenderam a sentir a música para melhor se expressar, como sobre a história da dança, houve quem aprendeu a montar coreografias.
Já na oficina de teatro houve quem tivesse aprendido a melhorar o diálogo com as outras pessoas. Outra disse ter entrado desanimada, triste, quieta e agressiva e que depois da participação na oficina de teatro ficou mais animada e alegre e que estava falando mais com as pessoas e que a agressividade diminuiu. Reforçando essa perespectiva um menino disse que aprendeu que o teatro faz com que as pessoas esqueçam os seus problemas, como: sorrindo, se distraindo, se divertindo. Também foi apresentando avanços no combate a timidez de alguns.
A partir desse período o grêmio estudantil é assumido por um jovem que busca ampliar a parceria com o projeto Ecarte e que inclusive participava da oficina de teatro e que em função de uma postura critica em relação a falhas enormes em matéria de gestão da escola, passa a sofrer perseguição velada por parte da direção e de alguns professores e funcionários. Em 2006 quando de uma nova eleição do grêmio, uma das chapas concorrente que contava com amplas chances de vitória e era formada por alguns meninos e meninas que tinham participado da primeira fase do projeto, foi esvaziada com fofocas, intrigas e chantagem emocional e afetiva. As estratégias me lembrava aquelas usadas pelo Kid Vigarista contra a Penelópe Charmosa , personagens de um desenho animado norte-americano e que mostra como é difícil lidar com gente de mau caráter e desleal, principalmente quando ocupam cargos e que gostam de sorrir e tratar bem (sic) as pessoas pela frente e usar de ardis para prejudicá-las por trás.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

frade-italiano-e-vocalista-de-uma-banda-de-heavy-metal

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2008/07/17/04026EDC812327.jhtm?frade-italiano-e-vocalista-de-uma-banda-de-heavy-metal-04026EDC812327

Os blogs estão saturados no Brasil’

Por Rodrigo Martins
fonte:
http://br.tecnologia.yahoo.com/article/09072008/25/tecnologia-noticias-blogs-estao-saturados-no-brasil.html

São Paulo, 09 (AE) - Acabou o "hype" dos blogs no Brasil? Com apenas 28 anos, o jornalista Tiago Dória é das antigas. Bloga desde que blog era um troço complicado de se montar, na época em que era necessário colocar códigos "na unha". Em cinco anos de posts, tornou-se uma das referências na internet brasileira quando o assunto é tecnologia. Nesses mesmo cinco anos, viu os blogs entrarem na ordem do dia para empresas, veículos de comunicação e milhares de pessoas anônimas. Só que agora, constata, chegou a fase de saturação. "É preciso um refino. Vai ficar quem realmente tem relevância."

Dória é responsável pelo blog www.tiagodoria.com, onde escreve sobre tecnologia e, principalmente, internet. Ele aponta que, hoje, há muitos blogs com uma visitação gigantesca, mas que pouco têm relevância e repercussão. Muitos se gabam de ter 40, 50 mil visitantes diários. Ele só tem 6 mil.

"Você pode ter relevância, atingindo um nicho. Esse público acessa sempre, volta e indica. O meu público é muito formado por gente de mídia, jornalistas. Muitos dos meus posts viram reportagens", diz. "De que adianta ficar se gabando com números? Isso é uma tremenda besteira. Se você pegar o The New York Times, ele não é o maior jornal do mundo, mas é o que mais repercute, influencia. E tem blogueiro que fica só pensando em aumentar a visitação a qualquer custo. Não é isso. Tem de ter relevância."

Nessa busca por audiência, o tão falado "post inédito" está na agenda de muitos blogueiros. "Mas não é isso o que importa", diz, afirmando que um dos principais papéis do blog é justamente repercutir o que o blogueiro vê na internet. "Não tem nada de errado em o cara não produzir conteúdo original, ‘reblogar’ o que vê. Na verdade, a gente tem de ser um DJ: pegar o conteúdo, acrescentar uma entrevista publicada em um outro site, complementar com informações..."

Este ano será decisivo para os blogs no Brasil, aponta Dória. Com o "hype" no fim - e fazendo mistério, mas afirmando que novidades, como novos portais de blogs, estão à vista - ele diz que haverá um refino. "Há ainda muito deslumbre com o blog. Vão haver novidades, que não posso falar, mas acredito que a coisa vai se consolidar", diz. "Muitos blogs já estão fechando. Outros estão se destacando. Deve haver um refino: muitos blogs ainda falam de blogs e não trazem relevância. Vai ficar quem tiver repercussão."

Segundo ele, essa consolidação do blog deve abrir espaço para surgirem novos nomes. Assim como ele surgiu em 2003. Morador de Santos, no litoral paulista, ele terminava a faculdade de jornalismo quando decidiu montar seu blog. Internauta de primeira hora - está na rede desde 1995 - Dória vivia enviando para os amigos links, fotos e vídeos que encontrava na internet. "Até que os meus amigos começaram a reclamar que eu enchia a caixa de e-mails deles. Um deles me sugeriu criar um blog."

Dito e feito. "Na época, não tinha essa facilidade toda", lembra. "Era preciso saber programação em HTML, mas já tinha feito cursos na área."

Dória se formou em jornalismo, trabalhou em assessoria de imprensa e em TV. E continuou postando paralelamente. "Era um diário de navegação. Publicava coisa legais da web, com comentários." Até que, em 2005, um portal o convidou para levar seu blog para suas páginas. Hoje, é o emprego dele. "Faço trabalhos como ‘freelancer’, mas o blog é a minha principal forma de ganhar dinheiro."

Para Dória, muitos blogueiros podem trilhar o mesmo caminho. Ele diz, inclusive, que a principal forma de ganhar relevância é estar em um portal, mesmo que muitos prefiram ficar independentes. "No Brasil, o mercado de internet ainda é muito focado em portais. O melhor para o blogueiro é vender conteúdo."

Os blogueiros mais relevantes hoje, aponta, estão em portais. Quando o repórter do Link pergunta quais são eles, Dória não titubeia: "É o Kibeloco (da Globo.com), o Noblat (de O Globo) e Reinaldo Azevedo (da Veja). Todos conseguiram criar uma marca. E na web, para ter repercussão, é preciso ter uma marca."

A DESCOBERTA DOS BLOGS - Mesmo com a constatação de que o "hype" dos blogs está acabando, Dória diz que as empresas estão, cada vez mais, de olho nos blogueiros. "É uma forma de ter contato mais direto com o público, de acessar leitores diferentes do que os do jornal", diz. "Se você pegar um caderno de tecnologia do jornal, por exemplo, ele atinge um público mais leigo. Um blog pode atingir um público mais especializado. Pode interessar para as empresas."

Isso, entretanto, não quer dizer que a questão esteja resolvida. O post pago é uma das polêmicas. "Os blogueiros são pagos para postar sobre um produto. E nem sempre eles avisam que fizeram isso", diz. "Tem blogueiro que aceita. Eu não. Fica estranho. Uma das qualidades do blog é a transparência. Você não pode enganar o seu leitor."

Segundo Dória, as empresas também procuram cada vez mais os blogueiros para participar de eventos. E isso também já causa polêmicas. "Muitas não sabem quem são os blogueiros e convidam sem critério nenhum. Eu, por exemplo, escrevo sobre tecnologia mas já fui convidado para eventos sobre teatro, cinema. O pior é que tem muito blogueiro que topa tudo, que é peru de festa."

VÍDEO É O FUTURO - A aposta atual de Dória é o vídeo na internet, que, diz, é a novidade. Será que está louco? O YouTube não estourou em 2005? "Há uma carência de vídeos profissionais, com notícias. Há muita coisa divertida no YouTube, mas coisas sérias ainda não."

Em janeiro, ele comprou um celular 3G que faz vídeos com boa qualidade. "Consigo filmar em qualquer lugar. Depois edito e posto." O que ele vislumbra agora é poder transmitir ao vivo com o celular. "Tenho uma conexão 3G, que transmite em alta velocidade. Posso, por exemplo, fazer uma entrevista ao vivo de qualquer lugar. Estou fazendo experiências."

Segundo ele, o Brasil tem tudo para se destacar nessa área. "Já há pesquisas que mostram que os brasileiros são líderes em publicação de fotos e vídeos na web. E o brasileiro tem muito dessa coisa visual, pega uma câmera e sai filmando. Qualquer um poderá ter a sua própria TV."

segunda-feira, 14 de julho de 2008

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA ONG AÇÃO CULTURAL – 2007

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA ONG AÇÃO CULTURAL – 2007

CONQUISTAS
O ano de 2007 foi um ano marcado por uma grande conquista relacionada ao prêmio do BNB que destinou R$10.000.00 para o 3º Fórum Popular de Cultura, realizado em novembro.
Foi um ano marcado também por uma grande expectativa referente a eleição do novo governador, Marcelo Déda e pela escolha do Professor Luiz Alberto como Secretário de Cultura e dos diretores dos equipamentos culturais ligados a Secretaria de Estado de Cultura, inclusive o diretor –presidente da Ação Cultural(2004-2007), José de Oliveira Santos, “Zezito”, foi convidado para assumir a direção do Complexo Cultural “O Gonzagão” .
Foi um ano também de eleições internas e a escolha do nome para ocupar o cargo de diretor-presidente, recaiu sobre o nome do Professor Maxivel Ferreira, escolhido em 19 de agosto e com mandato até 2010.
Em 2007 a sede da Ação Cultural foi transferida para a Academia Rick di Karllo, no Conj. Eduardo Gomes, no municipio de São Cristóvão, local de ensaios da Cia de Dança Rick di Karllo e do Grupo de Teatro Procena de Espetáculos, ficando o local situado à Rua Goiás no bairro Siqueira Campos (Aracaju) como subsede.
A convite de Zezito a Ação Cultural se somou ao esforço de organização do Consórcio Cultural do Conj. Augusto Franco e Adjacências, inicialmente através da participação de Jeane Marcelino, da Lucy Guerra e atualmente através de Irene Smith. O Consórcio Cultural tem como objetivo reunir os agentes culturais ligados, principalmente do território onde “O Gonzagão”está localizado para buscar capacitação na área de gestão e produção cultural, desenvolver parcerias para potencializar as iniciativas culturais populares e buscar meios que possibilite dar visibilidade aos artistas e grupos culturais emergentes.
Uma conquista importante é o tempo de registro da Ação Cultural, a qual em dezembro de 2007 completou dois anos tornando possível requerermos o titulo de utilidade pública e a inscrição de projetos para a Lei Rouanet.
Outra grande realização em janeiro de 2007 foi a realização da II Mostra Arte e Cidadania no Teatro Lourival Batista e que reuniu artistas e grupos ligados a Academia de Dança Rick di Karllo, Projeto Ecarte entre outros.
No ano de 2007 a Ação Cultural assumiu a coordenação da realização dos Encontros de Danças Circulares que trouxe à Aracaju, o educador Àlvaro Pantoja, radicado na cidade de Olinda(PE) e que reuniu em dois finais de semana 25(vinte e cinco) pessoas envolvidas com atividades educativas e terapeuticas em diversos lugares como escolas, entidades sociais, órgãos públicos, empresas etc..
O informativo da Ação Cultural teve uma edição impressa lançada no primeiro semestre.
O blog foi reformulado e mantido, atualmente está em novo endereço. http://acaoculturalse.blogspot.com
Ações não realizadas
Uma das metas não cumpridas foi a conclusão do vídeo documentário sobre o trabalho desenvolvido no Conjunto Jardim e no Conjunto Eduardo Gomes, em parceria com a Academia Rick di Karrlo. Houve o inicio da gravação de entrevistas no Conjunto Jardim e que estão arquivadas e dispomos também em arquivo de entrevistas levadas ao ar através do programa Sergipe Comunidade da Tv Sergipe(afiliada local da Rede Globo). Algumas delas estão disponíveis no endereço http://consorciocultural.blogspot.com
Outra meta não realizada foi o fórum de cultura local, no bairro industrial.
Uma frustração foi a não realização do show com o a cantor, compositor, poeta e educador popular Zé Vicente, natural do Ceará, a despeito de uma série de reuniões realizadas na sede provisória da Ação Cultural, as quais contaram com uma expressiva participação de representantes de entidades sociais e grupos culturais, seria a quarta vinda do artista, cujo perfil e trabalho é definido pelo site MPBnet da seguinte maneira:
“Zé: artista, cidadão, ecologista, místico. Um apaixonado por seu povo, sua terra, pátria, planeta, suas raízes sagradas. Através de Shows e das Oficinas de Arte-Vida, Zé Vicente vai sensibilizando pessoas com sua poesia e música criativa , em sintonia permanente com as grandes causas humanas, sociais e ecológicas do nosso tempo.”
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sábado, 12 de julho de 2008

O CRACK no Bairro América

* Emanuel Rocha

Sete vezes mais potente que a cocaína, o crack pode viciar na primeira dose. É a droga mais consumida nas periferias, por ter um baixo custo, cada unidade custa em média R$ 10,00. O crack é um derivado da pasta base da cocaína, que por sua vez é um sintético do extrato da folha da planta de coca. Essa não tem efeitos alucinógenos quando consumida in natura, como fazem milenarmente os índios em toda a América Latina. Porém, o crack por ser o resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, também sendo conhecido como lixo da cocaína, é um subproduto desta, sendo consumido em grãos que são fumados em cachimbos. Seus efeitos duram menos por ser, como já dito, subproduto diluído em outros produtos químicos, e mais agressivo e mais estimulante, ocasiona dependência físico-química e, posteriormente, a morte por sua terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco. Essa droga é comercializada sob a forma de pedras brancas ou amareladas ou ainda bolinhas semelhantes a grãos de chumbo (125 ou 300 miligramas).

O crack surgiu na década de 80, nos guetos pobres da cidade de Nova York ( EUA) e chegou ao Brasil, apostando na cidade de São Paulo, no início dos anos 90. De lá para cá, o consumo cresceu numa escalada vertiginosa e hoje já é considerado como epidemia pelas autoridades policiais e de saúde pública.
Tão apavorante, quanto à velocidade com que o consumo de crack vem crescendo, é a rápida dependência que ele provoca. Os primeiros efeitos aparecem como uma euforia plena que desaparece repentinamente, depois de um curto espaço de tempo, sendo seguida por uma grande e profunda depressão. E por causa dessa rapidez dos efeitos, o usuário consome novas doses para voltar a sentir aquela euforia experimentada e para sair do estado depressivo. Alem disso, o crack também provoca hiperatividade, insônia, perda da sensação de cansaço, perda de apetite e conseqüente perda de peso e desnutrição. Com o tempo e uso constante da droga, aparecem um cansaço intenso, uma forte depressão e desinteresse sexual.

Pois é, esse flagelo se instalou no bairro América. Sentimo-nos impotentes em ver nossos jovens e crianças nesta situação degradante, muitas mães já não sabem o que fazer: "estou de mãos atadas, tenho que esconder tudo o que tenho de valor para que meu filho não pegue para vender e comprar Crack pra fumar, ele esta se acabando, vai morrer logo". Essa é uma declaração, como tantas outras que escutei de mães em desespero por causa desta droga, que toma conta da comunidade. Não é difícil ver jovens e crianças fumando a droga em varias partes do bairro, alguns logradouros são mais visíveis, como a Rua Groenlândia, Maria Pureza dos Santos, entre Av. Brasil e Osvaldo Sampaio, e o mais incrível!, na praça Tancredo Neves, onde a 50 metros está localizado um posto da polícia militar, antiga Policia Comunitária.

Este ano o Estatuto da Criança e do Adolescente completa 18 anos. Assim, perguntamos: onde estão os órgãos de proteção à criança e o adolescente que não aparecem para fazer um trabalho sério com esses jovens? Ou é necessário esperar que mais vidas sejam ceifadas. "É melhor prevenir do que remediar!".

Por isso, precisamos juntos, população, órgãos públicos e sociedade civil organizada, fazer algo urgente, para que vidas sejam salvas ou recuperadas e para que não seja necessário punir o homem se podemos educar as crianças, como dizia o filosofo Sócrates.

Emanuel Rocha è membro da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro América (AMABA) e graduando em História.

Entrevista com Max Gehringer


Ewerton Martins Ribeiro · Belo Horizonte (MG) - fonte: www.overmundo.com.br
Max falou ao blog sobre o desenvolvimento de carreiras fora do mundo corporativo
Quando sobrou pra mim a tarefa de continuar tentando uma entrevista com o fodástico Max Gehringer, entrevista que há muito os colegas aqui da redação tentavam desenrolar para o house-organ de um de nossos clientes, de imediato eu pensei: “se os profissionais que trabalham aqui comigo na Assessoria de Imprensa (muitos deles também fodásticos) ainda não conseguiram a bendita, um inexperiente estagiário com pretensões à trainee como eu é que não vai conseguir”.
No entanto, dois meses e meio após o início das conversas, eu já estava editando as respostas oferecidas pelo Max aos meus questionamentos e me perguntando o porquê daquela descrença toda em mim mesmo. Pois veja só: além de conseguir a entrevista para o jornal corporativo, ainda vi o Max responder prontamente a uma entrevista exclusiva que lhe propus para meu blog pessoal sobre construção de uma carreira fora do mercado corporativo — ou seja: sobre uma possível futura carreira para este pretenso escritor.
A verdade é que, como o Max é “o cara” para falar sobre gestão de carreiras, pensei comigo: “por que não pedir a esse cara dicas para quem, como eu, não tem vocação para o escritório, mas que precisa e gosta tanto de grana quanto qualquer engravatado?”. Bem... arrisquei.
Mandei-lhe um e-mail propondo as entrevistas, brincando com o fato de elas terem uma importância especial para mim — afinal, uma exclusiva com Max Gehringer seria um incentivo e tanto para meus chefes me darem a tão aguardada promoção. E na verdade, não “seria”: foi. Entrevista já no meu disco rígido, assino trainee agora. Talvez não “só” por causa disso, mas muito provavelmente “também”. Segue a bendita abaixo.


Pretenso Literato: Minha pergunta tem a ver com quem, assim como eu, não deseja enveredar-se pelo mundo corporativo, mas sim por outros campos de profissão como Artes Plásticas, Música Popular, Literatura ou Circo, por exemplo. É possível para estas pessoas construir sistematicamente uma carreira tal qual se faz no mundo corporativo? Como?

Max Gehringer: A vantagem do mundo corporativo é a coletividade. Numa empresa, um empregado que executa uma determinada função pode ser substituído por outro, com escolaridade e experiência. No mundo das Artes, o que conta é o talento individual. O que existe em comum em dois mundos tão díspares é a necessidade de construir um bom networking. Uma mãozinha sempre ajuda, tanto para quem quer conseguir um emprego quanto para um músico que quer mostrar seu trabalho.

P. L.: Mas existem perspectivas de prosperidade financeira para quem deseja se lançar nestas carreiras menos formais? Pergunto porque algumas destas carreiras prescindirem em parte da formação acadêmica, ou de um “plano padrão” de desenvolvimento, como a inserção em uma grande companhia, o aprimoramento através de cursos etc.

Max: Ao contrário do mundo corporativo, em que uma carreira é progressiva, e vai sendo construída através dos anos, o mundo das artes requer habilidades que podem ser constatadas muito cedo. Um escritor que não tenha imaginação aos 20 anos não a terá aos 40. Qualquer pessoa que pretenda viver da arte deve ter em mente que, se nada acontecer até os 30 anos, dificilmente algo irá acontecer depois disso. Portanto, seria conveniente ter uma carreira paralela, em uma empresa formal, para o caso de o pendor artístico não resultar em um meio de vida.

(Pensamentos inevitáveis deste pretenso literato: “Faço 27 anos em novembro. Merda! Tenho apenas três anos para ‘acontecer’, ou meu destino acabará sendo engordar a barriga atrás da mesa de uma ‘repartição’. Putz, agora ferrou!”).

P. L.: Qual seria então, neste caso, “o caminho das pedras”? Ou melhor: existe um caminho das pedras para estas situações?

Max: Um bom exemplo é o dos palestrantes profissionais. Temos cerca de 10 mil deles no Brasil, sendo que 80% são palestrantes eventuais (professores, consultores e profissionais de empresas que fazem duas ou três palestras por ano). Dos que sobram, não mais que 50 conferencistas conseguiram fazer das palestras uma atividade rentável, o que muita gente estranha, já que falar parece ser a coisa mais simples do mundo. Esses poucos montaram um material diferenciado e possuem carisma suficiente para manter uma platéia ligada durante duas horas. Quando muitos tentam e tão poucos conseguem, a resposta é a que a maioria não gosta de ouvir: a de que o talento que a pessoa imagina ter é menor do que os eventuais contratantes enxergam nela.
(Pensamentos mais que inevitáveis: “Não me fala que eu não quero ouvir! Não me fala que eu não quero ouvir!”).

Então é isso. A verdade é que gostei tanto do lance das entrevistas que, de agora pra frente — se a sorte e o acaso me ajudarem a conseguir entrevistados bacanas como este —, frequentemente vou publicar uma entrevista interessante em meu blog. (Talvez nem sempre com um caso engraçado antes, vá lá, mas sempre com o foco relacionado à pauta do blog).

* Max Gehringer é dos maiores especialistas do Brasil em carreira e nas regras do mundo corporativo, além de estar tirando do prelo o seu nono livro sobre o mundo empresarial: “Emprego de A a Z”. Max escreve semanalmente para a revista Época, dá dicas na rádio CBN e mantém um quadro fixo no programa Fantástico.

PAUTA PARA AS ELEIÇÕES मुनिसिपैस - CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA:

CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA:
APROVADA A SUA CRIAÇÃO,
VAMOS AGORA TRANSFORMÁ-LO EM REALIDADE


A data de 26 de abril de 2007 deve ser comemorada por todo o mundo artístico e cultural da cidade do Rio: depois de uma batalha de mais de 15 anos foi finalmente aprovada a criação do Conselho Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

O Poder Legislativo do Rio de Janeiro, através de sua Câmara Municipal e do conjunto de seus vereadores percebeu a importância do papel, cada vez maior, que terão a arte e a cultura como fatores para o desenvolvimento econômico, social e humano numa sociedade globalizada. As atividades ligadas à arte e à cultura estão entre as que mais crescem e as que mais geram renda e emprego em todo o mundo.

Essa percepção do legislativo carioca reflete uma consciência mundial que se fortalece nos últimos anos, e que se traduziu, por exemplo, na aprovação em maio de 2004, em Barcelona, da Agenda 21 da Cultura, onde cidades e governos locais de todo o mundo assumiram o firme compromisso de fazer com que a cultura seja uma dimensão chave das suas políticas urbanas.

A cidade do Rio, com sua vocação para a arte e a criatividade, investindo na Cultura como ferramenta estratégica para o desenvolvimento, poderá se tornar um pólo mundial para as indústrias criativas, tirando da informalidade um contingente enorme de cariocas hoje à margem da cidadania.

Mas isso só irá acontecer se a Sociedade Civil e o Executivo Municipal compreenderem essas atividades não só como prioritárias para o desenvolvimento local, maximizando o seu potencial, mas como instrumentos poderosos para o fortalecimento dos laços comunitários, do diálogo cívico e da consciência democrática.

Na região do grande Rio de Janeiro iniciativas de inclusão social pela arte com seus projetos de música, teatro, cinema e vídeo, fotografia, dança, literatura e artesanato, mostram que não há melhor antídoto contra a violência, a desagregação e a desigualdade.

O Legislativo deu a partida. Resta agora que, junto com o Executivo e a Sociedade Civil organizada, artistas, produtores, gestores e instituições culturais, transformem em realidade um sonho longamente acalentado.

A Cultura do Rio merece!

Rio de Janeiro, 11 de junho de 2007

AGORA SÓ FALTA APROVAR A LEI QUE CRIA O CONSELHO MUNICIPAL DE ARACAJU, E DEPOIS TIRÁ-LO DO PAPEL.

Documento-síntese :: I Fórum de Mídia Livre :: 14 e 15 de junho de 2008

Confira abaixo o documento-síntese do I Fórum de Mídia Livre, que ocorreu nos dias 14 e 15 de junho de 2008 na UFRJ.
Eixos de ação aprovados
GT 1 – Verbas publicitárias
1.Campanha e mobilização social pela democratização das verbas publicitárias públicas, com a realização, entre outras, das seguintes ações:

a) Desenvolvimento, pelo Fórum de Mídia Livre e organizações parceiras, de critérios democráticos e transparentes de distribuição das verbas públicas que visem à democratização da comunicação e que se efetivem como legislação e políticas públicas;

b) Proposta de revisão dos critérios e “parâmetros técnicos de mídia” (tais como custo por mil etc.) utilizados pela administração pública, de forma a combater os fundamentos exclusivamente mercadológicos e viabilizar o acesso a veículos de menor circulação ou sem verificação;

2.Promover outras políticas públicas de incentivo à pluralidade e à diversidade por meio do fomento à produção e à distribuição;


GT 2 – Políticas públicas de comunicação
1.Cobrar do Executivo federal que convoque e dê suporte à realização de uma Conferencia Nacional de Comunicações nos moldes das conferências de outros setores já realizadas no país.

2.Lutar pelo estabelecimento de políticas democráticas de comunicação, na perspectiva de um novo marco regulatório para o setor que inclua um novo processo de outorga das concessões, a democratização e universalização da banda larga, o fortalecimento das rádios comunitárias,

3.Estabelecer políticas de participação popular no campo da comunicação, com a criação de conselhos municipais e estaduais, voltados à construção e à apropriação das políticas da área e ao controle publico da mídia, e com o fortalecimento do Conselho de Comunicação Social, buscando garantir seu caráter deliberativo.

4.Fortalecer o caráter público das emissoras deste campo, no que diz respeito a sua programação, gestão e financiamento, com atenção especial ao incentivo à produção regional e independente, à EBC e ao acesso universal aos canais públicos.

5.Promover estudos e debates e difundir informações referentes a temas ligados ao FML, como as concessões, rádios comunitárias, TV e rádio digital, inclusão digital, propriedade intelectual etc.

6.Atuar no plano local e regional, traduzindo e concretizando localmente os debates nacionais e gerais, aproximando as lutas da comunicação às dos movimentos sociais, visando à construção de um projeto popular para o Brasil.


GT 3 – Fazedores de mídia
1.Criação de uma ferramenta colaborativa que reúna diversas iniciativas de mídia livre e contemple a diversidade de atuação dos veículos e dos midialivristas, em formato a ser aprimorado nos próximos meses pelo grupo de trabalho permanente e aprovado no próximo Fórum de Mídia Livre;

2.Mapeamento da mídia livre – quanto à questão do mapeamento, foi citado que já existe um site na internet, criados pelo Comitê Rio do Fórum de Mídia Livre. Alguns dos tópicos nele incluídos precisariam ser rediscutidos, incorporando outras demandas e eliminando questões divergentes. Entretanto, o site precisa ser divulgado amplamente, e preenchido por todos os Fazedores de Mídia.

3.Criação de Pontos de Mídia Livre inspirados nos moldes de Pontos de Cultura. Porém, com ressalvas quanto à elaboração dos editais que garantam espaços efetivos para a mídia livre.

4.Relação colaborativa entre os fazedores de mídia na produção e difusão de conhecimento, que consequentemente contribuirá para a formação do(a) midialivrista e de seu espaço de atuação.

5.Que os Correios financiem a distribuição, para fugir do monopólio dessa área.


GT 4 – Formação para a Mídia Livre
1.Que o fórum seja contínuo, mesmo “on line”, que seja criada uma plataforma de convergência da produção de mídia livre, no estilo wiki, colaborativa;

2.Promover e encaminhar amplo debate sobre a exigência do diploma de jornalistas na perspectiva dos midialivristas e ampla discussão sobre os atuais currículos das escolas de comunicação para contemplar a mídia livre;

3.Propor a implementação de pontos de mídia, como política publica, integrados e articulados aos pontos de cultura e veículos comunitários, viabilizando, através de infra-estrutura tecnológica e pública, a produção, distribuição e difusão de mídia livre;

4.Promover junto com as universidades cursos de extensão em parceria com os fazedores de mídia e estimular a criação de disciplinas especificas de mídia livre;

5.Propor a inclusão da produção audiovisual no currículo das escolas de ensino básico;

6.Buscar espaços para exibição de conteúdo produzido por movimentos sociais na TV pública;

7.Mapear as metodologias de formação utilizadas pelas escolas livres e pelos fazedores de mídia.

Ponto de recomendação: dar visibilidade à diversidade dos sujeitos e discursos, diversidade de gênero, étnico-racial e regional, ambiental, educação, na mídia


GT 5 – Novas mídias e mídias colaborativas
1.Mapeamento da produção colaborativa brasileira: formulação de um questionário consistente que dê, em detalhes, um panorama da produção colaborativa produzida hoje.

2.Sistemas digitais: Manifestação de repúdio formal aos sistemas digitais de Rádio e Televisão. Explicitar para o grande público que adoção dos modelos atuais (Iboc para rádio e padrão japonês para TV), da maneira como vêm sendo implementados, revela um retrocesso e não um avanço na área de Comunicação.

3.Criação de redes: Incentivar a consolidação de redes de produtores de mídia alternativa, a começar da comunicação interna (listas de discussões) e externa (portal na web) dos próprios integrantes do Fórum. Que o próprio FML funcione como uma rede, flexível e difusa e permanente. Estimular a criação e fortalecimento de modelos de gestao colaborativa das iniciativas e midias, com organização não-monetária do trabalho, por meio de sistemas de trocas de serviço (a exemplo do Espaço Cubo e A Fábrika, do Mato Grosso). Participar das discussões sobre as “cidades digitais”.

:: Criar “condomínio”/“pool” de repórteres na cobertura de grandes eventos, como FSM e outros, compartilhando o conteúdo produzido pelos jornalistas presentes no evento, reduzindo os custos de cada um dos veículos.

:: Atuar em rede mesmo com mídias analógicas, investindo em iniciativas colaborativas, promovendo, por exemplo, o festival colaborativo de rádio.

:: Proposta que remete ao GT de portal ao sugerir a criação de um agregador dos diversos sites de mídia alternativa.

4.Produção de material didático: Realizar uma compilação de textos e outros materiais informativos (coletânea de vídeos, por exemplo) sobre temas como copyleft, Web 2.0, entre outros. O material deverá ter caráter pedagógico, buscando levar ao conhecimento do grande público a existência e o funcionamento de tais tecnologias.

5.Infra-estrutura tecnológica: Fomentar e tornar público o debate sobre infraestrutura de comunicação, defendendo a adoção de tecnologias que contribuam para o fortalecimento de uma mídia livre e democrática.

6.Articulações do GT: Trabalhar lado a lado do GT 3 (Fazedores de Mídia), cuja pauta principal, assim como a nossa, foi a organização do portal do Fórum. Criar espaços colaborativos de manter vivos e permanentes os debates iniciados no Fórum de Mídia Livre. Aproximação e integração também com o grupo de trabalho de Comunicação do Fórum Social Mundial.

Próximos passos
Organização
:: Grupo de Trabalho Executivo Nacional: Joaquim Palhares (Carta Maior, SP), Altamiro Borges (Portal Vermelho, SP), Ivana Bentes (UFRJ, RJ), Antonio Biondi (Intervozes, SP), Renato Rovai (revista Fórum, SP), Paulo Salvador (Revista do Brasil, SP), Marcos Dantas (PUC-RJ, RJ), Gustavo Barreto (Consciencia.net, RJ), Dario Pignotti (jornalista Página 12, DF), Rita Freire (Ciranda, SP), Angélica Basthi (Justiça Global, RJ), representantes da Enecos, Amarc-Brasil, Abraço, Instituto Paulo Freire, mais uma indicação de cada estado com organização do FML. Sujeito à reavaliação no FSM 2009 Belém;

:: Essa instância é Executiva, e encaminhará somente as questões relacionadas às decisões tiradas neste Fórum de Mídia Livre;

:: Os resultados dos encontros do Grupo de Trabalho Executivo nacional serão publicizados imediatamente após as reuniões;

:: Criação de Conselho aberto de entidades para dar sustentação a esse grupo de trabalho executivo;

:: Realizar encontros de mídia livre em todos os estados no segundo semestre de 2008;

:: Realizar FML latino americano ou mundial no FSM Belém;

:: Agendar para o segundo semestre de 2009 o II FML Brasil, com indicativo de Vitória (ES) como sede. Decisão será tomada no FSM Belém, a partir de propostas concretas para sediar o evento;

:: Com base nas sugestões do Fórum e no manifesto, elaborar uma carta de princípios, considerando princípios externos e internos para o FML. Será encaminhado por Renato Rovai. Sugestão de que a carta seja maturada até o Fórum Social Mundial e aprovada por lá;

:: Articular o FML com outras entidades nacionais, como o Centro de Mídia Independente, o FNDC, CFP, Fenajufe, Fitert, ABD e Forum Popular do Orçamento;

:: Indicar a ampliação do debate e a implementação das propostas/debates do FML considerando as particularidades das regiões do Brasil;

:: Esclarecer e tornar pública a política de financiamento do Fórum Mídia Livre, com prestação de contas pública;

:: Discutir, aprofundar e amadurecer conceitos como democracia e mídia livre;

:: Atualização de blog com todas as propostas do FML, com espaço para comentários de todos/as os/as interessados/as.

Ação Política::
Somar-se às entidades de luta pela democratização na luta por uma conferência ampla, democrática e descentralizada, passando a integrar a Comissão Pro-Conferência Nacional de Comunicação;

:: Envolver os movimentos sociais nas ações pelo fortalecimento da mídia livre;

:: Agendar em âmbito federal, estadual e municipal reuniões com o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário para apresentar as reivindicações tiradas no Fórum;

:: Agendar audiências com o Presidente da Republica, da Câmara, do Senado e do STF para apresentar as reivindicações;

:: Trabalhar o encaminhamento imediato das seguintes questões concretas: campanha pela democratização das verbas publicitárias, Conferência Nacional de Comunicação e portal/agregador de conteúdo;

:: Criação do selo Mídia Livre para estar em todos os veículos, blogs etc. que se identificam e reconhecem como mídia livre;

:: Divulgação de texto comum (carta/editorial) em todos os veículos que explicite os resultados do FML;

:: Confecção de manifesto público, baseado na versão em construção e considerando os eixos de ação aprovados no FML. Renato Rovai fará a primeira redação, tendo o dia 25 como data limite para fechar o novo manifesto já incorporando os pontos debatidos no FML. O texto será discutido por email, através da lista geral do Fórum;

:: Reforçar, no manifesto, a crítica aos grupos que monopolizam a comunicação no país;

:: Divulgação imediata das decisões do FML;

:: Integrar o GT de Comunicação do Fórum Social Mundial;

:: Realização de ato público de rua em Brasília, com pauta e mobilização conjunta com outros movimentos da comunicação e outros movimentos sociais, articulado com a entrega do manifesto aos 3 poderes. Ato fará parte de semana de mobilização que contará também com ações de guerrilha midiática e viral. Se houver a constatação de que não foi possível mobilizar muita gente, deve-se optar por um ato mais simbólico.

Calendário
:: 24 a 26 de julho, em Teresina (PI), Seminário Latino-Americano de Comunicação (www.seminariodecomunicacao.com.br)

:: Apoio à semana nacional pela democratização, realizada em outubro pela Enecos e outras entidades do setor;

:: Ato público em Brasília para reivindicar a democratização das verbas públicas e o fortalecimento da mídia livre – data a definir

:: Julho: acompanhamento do Encontro do G8, no Japão (com cobertura colaborativa da Associação Mundial de Rádios Comunitárias – AMARC)

:: Setembro: Fórum Social Europeu

:: Outubro: Fórum Social das Américas, na Guatemala

:: Novembro: Encontro de Midativismo no Forum Humanista Latino Americano em Buenos Aires

:: Janeiro/2009: Fórum Social Mundial, em Belém (mais informações pelo ciranda@ciranda.net)

Outras informações para o calendário devem ser enviadas pelas organizações e midialivristas para que ele esteja em constante atualização.


Contatos
forumdemidialivre@gmail.com
(21) 9250-9594 (Gustavo Barreto)
(21) 8130-2097 (Leandro Uchoas)
(21) 8796-7995 (Rodrigo Brandão)
Comunidade no Orkut

ABRAM AS CADEIAS, SOLTEM TODOS OS PRESOS (OS QUE TIVEREM MILHÕES) - GILMAR MENDES GARANTE

Laerte Braga

Não há sentido em manter ninguém preso neste País por crimes chamados do colarinho branco. Ou seja, os cometidos por acionistas do Estado brasileiro. O stf (supremo tribunal federal) é parte desse Estado, logo, está subordinado aos donos. Daniel Dantas não só é um dos donos, como controla e opera os interesses de vários outros acionistas.

O crime compensa e as universidades privadas estão perdendo um filão. Um curso de bandidologia. Professores existem a larga no mercado e gilmar mendes não vai se sentir incomodado de paraninfar as futuras turmas nos próximos anos. Se o trabalho for muito reveza com marco aurélio mello e ellen gracie.

Quando se cansarem, relaxam na banheira de hidromassagens que a ministra comprou com dinheiro público para seu apartamento em Brasília.

Não precisam temer a reação da imprensa. A redação inteira de VEJA vai lá dar aulas. miriam leitão e a turma da GLOBO vão cuidar do doutorado. boris casoy pode ser chefe da segurança da Universidade da Bandidologia (dá para criar uma universidade voltada ao relevante tema), no esquema de "mate um comunista por dia".

Para não ficar assim tão ostensivo, tão acintoso, embora não liguem a mínima para isso, não estão nem aí para o que o povo pensa, podem nomear william bonner magnífico reitor. FHV (fernando henrique vende) ganha o título de patrono vitalício dos "negócios", quer dizer da universidade. Uma espécie de condestável acima de tudo e de todos, já que criador dos céus e da terra, especialista cum laudae em trapaças dos mais variados matizes, tais como vender um país inteiro.

O general heleno vai ser professor de uma das matérias mais importantes. A seta - como ligá-la para a esquerda e virar à direita. Os livros de tal disciplina terão a suástica na capa, além lógico, do símbolo da VALE (com certeza vai ser uma das financiadoras ao lado da ARACRUZ e do eike, ex-marido da Luma).

Um corpo docente de primeira linha. Além dos já citados ministros da tal corte suprema, da turma da mídia comprada, josé serra, aécio maradona neves, geraldo alckmin, artur virgílio, tasso jereissati, o presidente da FIESP/DASLU paulo stak e vai por aí afora.

A aula inaugural, a primeira, por justiça (epa!) pode ser ministrada por paulo salim maluf.

Não caberão figuras menores, claro. Corruptos padrão merreca não terão lugar, é preciso grandes nomes para consolidar o prestígio e ganhar conceito internacional no mundo "acadêmico" das máfias.

Por isso pastinha e bejani nem pensar. No máximo alunos do primário antes de chegarem a essa universidade.

Não há sentido no combate à corrupção em si. É muito mais amplo o espectro dessas operações da Polícia Federal nos últimos anos. Está expondo as vísceras de um modelo político e econômico construído à margem da lei e voltado para interesses que não dizem respeito ao Brasil (ainda que o general heleno ache que os índios são os culpados).

Um modelo falido, que permeia e como o jurídico institucional e precisa não de reformas, mas de ser jogado no lixo. É como a mesa onde restos de comida se espalham e alguns deixam manchas indeléveis (gilmar mendes por exemplo). É juntar a toalha pelas pontas, enrolar e jogar fora.

Colocar outra toalha, limpa, diferente dessa que está sobre a mesa já carcomida de uma democracia que nunca existiu e funciona como escudo para que as elites se apropriem definitivamente do Brasil.

"Todo o poder emana do povo?" Onde?

"Todos são iguais perante a lei?" Onde.

daniel dantas, ermírio de moraes, eike batista, gilmar mendes, salvatore cacciola, os banqueiros, os latifundiários, os grandes empresários são diferentes. Compram senadores e deputados. Governadores. Ministros do que se presumia fosse a corte suprema de... tchan tchan tchan! Justiça.

Moldam o Estado em função de seus interesses.

Voltam-se seis vezes ao dia para Wall Street e entronizam george bush, condoleeza rice em seus altares. Os morgan, o mossad.

aécio maradona neves é ovacionado no estádio de seu estado, o Mineirão e a GLOBO não dá uma linha. "Ô Maradona por que parou? Parou por que? O aécio cheira mais que você".

As campanhas de josé propina serra são feitas com dinheiro de dantas. Monta uma firma fictícia em Miami, no nome da filha do governador paulista, lava o dinheiro e os tucanos tem a grana limpinha para vender o candidato.

Soltem os bandidos por questão de isonomia. Não há sentido em manter presas pessoas que roubaram alguns poucos milhões, merreca. Que vivem de expedientes porcos como Pastinha, chantagem, coisas do gênero.

São apenas aprendizes na escola de gilmar mendes e sua turma.

O que está em jogo, além da grana do ministro presidente do stf é o modelo que faz de um criminoso como daniel dantas uma figura nacional, a ponto de ter sido o operador do programa nacional de privatizações no governo de fhv (fernando henrique vende).

Foi uma espécie de loteamento do Brasil. Você paga a conta e o general heleno garante esses caras. Cobra para eles. Aqui, ou no Haiti.

O caixa fica sob a responsabilidade de marcus valério. Os pastéis eduardo azeredo e custódio matos cuidam de contar as notas.

Só não pode ter chilique de itamar franco. Foi ele quem inventou essa turma, ou tirou do sarcófago o professor, doutor, magnífico fernando henrique vende.

roberto marinho vai ser o patrono espiritual.

PF acusa Mainardi e Veja
Fonte: blog de Luiz NassifO relatório do delegado Protógenes Queiroz, encaminhado ao Juiz Fausto Martin de Sanctis - que serviu de base para o pedido de prisão de Daniel Dantas e outros réus – acusa diretamente as revistas IstoÉ Dinheiro e Veja e os jornalistas Leonardo Attuch, Lauro Jardim e Diogo Mainardi de colaborarem com uma organização criminosa. Mainardi é explicitamente apontado como “jornalista colaborador da organização criminosa”.

O nome do documento é “Relatório Encaminhado ao Juiz Federal Fausto Martin de Sanctis". É o Inquérito Policial 12-0233/2008. Nele consta Procedimento Criminal Diverso no. 2007.61.81.010.20817.

Foi preparado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros do Departamento da Polícia Federal

O capítulo 13 tem por título “Do papel da mídia no processo investigatório”.

Diz o seguinte:

Evidentemente com maior assiduidade na programação quase que diária na programação dos meios de comunicação disponíveis, o grupo comandado por Dantas se serve com maior freqüência do que o grupo comandado por Naji Nahas. Ambos são convergentes quanto ao interesse comum e divergentes quanto às matérias publicadas, como forma de ludibriar para atingir seus objetivos. Com vantagens no final da falsa discussão pública.

Curiosamente, (...) o volume de dados analisados a respeito do material publicado ao longo da existência dessa organização criminosa usando a mídia, ora em proveito próprio ora em outros propósitos chantagistas

Neste momento trazemos à luz algumas matérias de fomento ao acordo recentemente efetivada pela BrT, Oi, Citigroup, Opportunity, aqui Daniel Valente Dantas, referente a alguns “conceituados” órgãos da imprensa escrita, tais como revista IstoÉ Dinheiro e Veja, ambos veículos a serviço do relevante grupo.

Apontamos a revista Veja, data de 16/01/2008, matéria “Rumo à supertele”, três folhas dedicadas exclusivamente aos interesses escusos da organização pelo jornalista Lauro Jardim.

Nesse mesmo dia 16.01.2008, matéria de capa da revista IstoÉ, “Os Vencedores da Telefonia”, como Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, sócios da Oi, foram escolhidos pelo governo para comprar a BrT e, com o auxílio generoso do BNDES, formar um gigante das telecomunicações”, do jornalista Leonardo Attuch.

E aqui nesse momento, eu vou me servir do recente artigo publicado no dia 12.04.2008, edição 2054, da própria revista Veja, elaborado por um dos jornalistas colaboradores dessa organização criminosa, Diogo Mainardi, sob o título

“Entendeu, Tabatha”.

“Eles retomaram algumas das práticas mais antigas e mais imundas do jornalismo, como a chantagem, a mentira, a propaganda do poder e a matéria paga".

Ao lembrar essa assertiva ele talvez tenha revelado e audaciosamente expressado a vertente resumida de como funcionava a mídia para o grupo Opportunity, comandado por Daniel Valente Dantas, o que reforça e confirma todo o material coletado através de interceptações de dados telefônicos e telemáticos.

Em uma avaliação bem literal das condutas e comportamentos de alguns jornalistas que hoje estão no bojo do trabalhos coletados, é de se considerar como participantes da organização criminosa liderada por Daniel Valente Dantas especialmente aqueles que têm indícios de remuneração direta ou indireta de recursos originados do referido investigado ou de seus colaboradores.

No relatório de análises constou no dia 13/01/2007 que o investigado Daniel Dantas mantém diálogos com Verônica Dantas e Danielle Silbergleid afirmando textualmente da necessidade de utilizar a conexão direta entre ele e a imprensa como instrumento para plantar informações a fim de confundir a opinião de autoridades públicas nacionais e internacionais na disputa do grupo Opportunity, Citigroup, Telecom Italia pelo controle da BrT

Embora esse tema não seja foco inicial da presente investigação,é necessário conhecermos os meios ardilosos na divulgação das informações plantadas.

A voracidade em lançar informações falsas e até com cunho difamatório, e menciona o nome Moreira Alves (...) na empreitada suja de baixo nível.

E aqui vai a indagação: a mídia é um veículo independente comprometido com a verdade imparcial? Certo? Errado. O que estamos assistindo, o desmascarando por meio do Judiciário Federal com a atenção auspiciosa do Ministério Público Federal é repugante !!! sob o ponto de vista ético e moral do papel da imprensa.

E aqui reproduzimos ipsis literis a mensagem interceptada de conteúdo sem o mínimo escrúpulo que possa nortear regras de boa conduta e convivência social.

Assunto: Pendências
De; Cristina Caetano 18/02/2008
Para Alberto Pavi

Pavi,

Obrigado. Outro dia retomaremos a conversa com Moreira Alves. Nosso prazo para entrar com a campanha difamatória é no começo de março. E se não formos fazer com ele temos que achar outra pessoa. Nós preferimos que você redigisse. Achamos que nesse caso tem muitos fatos, seria melhor ser redigido por um civilista do que por um criminalista. Vamos focar nisso?

Beijos

Conclusões

Depois, fala de contatos de Nahas com jornalistas, mas sem envolvimento com o a organização criminosa. Menciona jornalistas que tiveram reuniões com Nahas, no plano jornalístico apenas. Quando menciona Attuch, o relatório diz que

seria também responsável pela publicação de artigos jornalísticos “encomendados” pela organização criminosa com o objetivo de facilitar o tráfiuco de influência perante autoridade são públicas.

Para esse seleto grupo jornalístico Naji Najas ora se posiciona falsamente como opositor e inimigo de Daniel Dantas.

É comum jornalistas acima citados (acrescentamos o colunista Diogo Mainardi, na revista Veja) assinarem matérias favoráveis ao interesse do grupo Opportunity, principalmente à pessoa de Daniel Valente Dantas.

A contextualização e os tópicos de análise do papel da mídia na presente investigação, por questão didática, preferimos fazer referência aqui na forma de anexo digitalizado.

O relatório tem menção a vários links com gravações de conversas telefônicas.